O período de gravidez, como é de se esperar, marca intensas mudanças no corpo da mãe, considerando o grande desenvolvimento pelo qual seu filho passa desde a fecundação do óvulo até o momento do nascimento.
É claro que, nesse contexto, surgem muitas dúvidas e preocupações quanto à saúde da criança e da mãe, bem como de saber se o desenvolvimento está ocorrendo no ritmo esperado.
Pensando em sanar essas dúvidas e te ajudar nesse processo, o blog da Dipano elaborou um post especial sobre o que ocorre das primeiras às últimas semanas de gravidez, quando já estiver se preparando para o parto. Boa leitura!
1 a 4 semanas de gravidez
No primeiro mês, ainda não se nota muitas mudanças externas no corpo da mãe. Entretanto, é um período crucial para o desenvolvimento após a fecundação do óvulo. É nesse momento inicial que o embrião surge efetivamente após passar pelas fases de zigoto, mórula e blastocisto.
Aqui, começam os famosos enjoos, motivados pela intensa carga hormonal liberada pelo corpo para prepará-lo para desenvolver o embrião — sendo o principal aspecto o início da formação da placenta. Na 4ª semana, também ocorre outro importante indicador da gravidez, já que é nessa época que, geralmente, o ciclo menstrual é interrompido.
5 a 9 semanas de gravidez
A partir da 5ª semana de gravidez, inicia-se o desenvolvimento que começa a dar aspectos cruciais para o desenvolvimento do embrião, com o início do desenvolvimento da estrutura do crânio e do que será a espinha, bem como a estruturação (e primeiras batidas) das células cardíacas.
É nesse recorte de tempo, sobretudo da sexta semana em diante, que os clássicos sintomas de gravidez começam a aparecer com maior intensidade. De quebra, acompanhando o crescimento da barriga e as demais mudanças corporais, o corpo da mãe começa a apresentar estrias mais próximo da nona semana.
10 a 14 semanas de gravidez
É por volta da décima semana que começa a se considerar o que antes era embrião como um feto! Músculos, estrutura óssea e órgãos como rins e fígado já vão tomando forma, bem como a massa encefálica, dando uma forma mais “humana” em comparação com as semanas anteriores. Após aceleração considerável no desenvolvimento do pequeno, da décima segunda semana em diante, inicia-se oficialmente o período fetal.
Nesse período, começa-se fazer a ecografia — o popular ultrassom —, já sendo possível fazer uma avaliação mais detalhada do corpo em desenvolvimento e, em muitos casos, até descobrir o sexo do bebê!
Para a mãe, o fim do primeiro trimestre de gravidez é uma virada de chave extremamente positiva, pois além de ser um período de queda drástica (ou até fim) dos enjoos e sonolências, desse período em diante, também diminuem consideravelmente os riscos de aborto espontâneo.
13 a 19 semanas de gravidez
No segundo trimestre de gravidez, o feto já passa das 100 g, apresentando formação relativamente avançada da forma da cabeça e olhos, bem como dos sistemas circulatório e urinário.
É nesse período também — sobretudo a partir das 16 semanas — que será possível sentir os primeiros movimentos do feto na barriga. Com certeza, uma das melhores sensações que uma mãe pode sentir!
20 a 28 semanas de gravidez
Aqui, o crescimento começa a acelerar consideravelmente, com o feto apresentando pouco mais de 20 cm e 300 g no início e ultrapassar os 25 cm e pesar mais de 1 kg mais ao fim.
Esse estirão do feto se deve ao intenso processo de crescimento do tronco e das pernas. Até por conta disso, nota-se que os movimentos do feto ficam mais fortes. O rosto começa a ganhar mais detalhes, podendo ser notado até via ultrassom pontos específicos, como a delimitação das sobrancelhas, cílios e rugas na pele.
Por conta de tudo isso, já fica o aviso especial para a possibilidade de sentir a barriga efetivamente, com mais pressão na parte onde o bebê se aloca — reforçamos que isso é completamente normal!
28 a 36 semanas de gravidez
Chegamos, de certa forma, às últimas fases da gravidez, tanto que próximo da 32ª semana já é possível ocorrer um parto prematuro sem maiores riscos para mãe e filho (apesar, é claro, de não ser o período ideal). E um dos aspectos que permite a viabilidade de sobrevivência nesse período é justamente o bom estágio de desenvolvimento que, em média, os fetos podem passar dos 30 cm de comprimento e pesar 2,5 kg.
Assim como a sensação de peso-extra das semanas anteriores, o tamanho do bebê também traz alguns desconfortos ao pressionar indiretamente órgãos digestivos e respiratórios, causando, consequentemente, falta de ar e embrulhos estomacais.
Mas nem tudo são desafios e incômodos: nessas semanas, a pele perde o aspecto enrugado anterior ao ser melhor estruturada internamente — garantindo o inconfundível aspecto de pele de neném. Além disso, o cabelo da cabeça cresce mais notavelmente, as pálpebras se abrem e, complementando, pernas, braços, pés e mãos seguem crescendo e ganhando mais detalhes, como unhas!
36 a 41 semanas de gravidez
Nas últimas 5 semanas de gravidez, há toda a expectativa para a hora do parto! É somente nos últimos dias que o cordão umbilical toma sua posição original, após o crescimento do tórax e da região do umbigo.
No momento do nascimento, os bebês devem apresentar entre 2,2 kg e 4,5 kg, com o corpo medindo em torno de 50 cm e a circunferência da cabeça apresentando cerca de 30 cm. Tudo isso pode ser devidamente mensurado pelas sonografias e, assim, preparar tudo para a hora de dar à luz!
Siga no blog da Dipano para conferir, também, a lista ideal do que levar para a maternidade, tornando todo o processo mais tranquilo para você, seus acompanhantes e para o seu filho recém-nascido!
Cris Duarte é mãe, psicóloga e uma das responsáveis pela popularização das fraldas de pano no Brasil. Formada em Psicologia, desde 1984, trabalhou em pré-escolas e no Agapanto (Grupo Especializado em Educação), com desenvolvimento de crianças e adolescentes e orientação de pais e educadores. Desde que decidiu ser mãe, tinha a certeza de que não usaria fraldas descartáveis, principalmente pelas questões ecológicas e conforto do bebê. Naquela ocasião, por volta de 2003/ 2004, nem se falava em fraldas de pano modernas, e o que ela pensava era usar aquelas antigas mesmo, com calça plástica. Em 2007, ela e sua irmã Mônica, descobriram as fraldas ecológicas – versão muito mais prática e durável do que as antigas – e juntas, resolveram pesquisar e empreender.
Um fato curioso é que Cris esperou sua filha durante 6 anos e 10 meses, que chegou por adoção, bem quando a Dipano ainda era um bebê, em 2010. Hoje, Cris Duarte também é autora do blog Dipano, e aqui compartilha artigos exclusivos que ajudam pais e mães de todo o Brasil a terem uma vida muito mais fácil e ecológica.